sábado, 12 de abril de 2014



Embora dentre os Blogs de Estudo que tenho postado estejam presentes Temas diferentes do assunto Teologia    e vou continuar com esta abertura. Todavia, o meu assunto central é e continuará sendo Teologia... Aqui está mais um; agora sobre o assunto teológico importante, que é a cruz e o sacrifício de Jesus ligado a uma delas na história.    





O SOFRIMENTO  DE  JESUS  NA  CRUZ  E  A  NOSSA  REDENÇÃO


PRÓLOGO

Reiterando ou exatamente reproduzindo o prólogo do meu segundo Blog: ─ Este é o meu décimo quarto blog ─ de uma série de muitos sobre vários assuntos que pretendo paulatinamente postar, como tenho feito nesta trajetória. Se o conteúdo deste não for o assunto que possa lhe interessar; todavia, creio ser bem possível que dentre os futuros, de alguma forma, algo possa vir ao encontro do seu interesse ou até “de encontro” (contra) a isto ou aquilo que lhe interessa ou possa lhe motivar atrativamente pela controvérsia. Eu, na maioria das vezes, aprendo muito mais quando sou contestado, ou objetivamente quando alguém, de forma detalhada, traz para o meu exame exatamente aquilo que ainda não entendi ou é exatamente contra o que defendo.

AGRADECIMENTO

Aproveito de igual modo, para agradecer de todo meu coração à forma receptiva e carinhosa como os meus atuais quinze Blogs de Estudos estão sendo visitados por milhares de pessoas no Brasil, e em mais trinta (30) países ─ alguns dos Temas, mais visitados no exterior do que no Brasil. Isto enseja o meu muito obrigado, e ouso ainda lhes pedir mais, que divulguem esses meus Estudos sobre Temas (assuntos) específicos, porquanto, como pode ser constatado nos mesmos, eles foram e são produzidos com a máxima seriedade na direção de ser útil a todos nós seres humanos... Também lhes informo que estou aberto às contestações sérias que visem ajudar esse intercâmbio de idéias e conseqüentemente a todos nós como indivíduos... Também informo, que em função da saudável controvérsia suscitada por mim para o instrumento cruz, que está tendo conseqüências; acresci o estudo nesse pormenor no estudo deste Blog... Para acessar os demais, dos atuais treze Blogs (catorze com este), clique no link perfil geral do autor (abaixo da minha foto) e a lista aparecerá, bastando clicar no título de cada um para acessá-lo. 

            
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1
Criei este subtítulo o sofrimento de Jesus na Cruz, quando o livro do qual ele faria parte já estava basicamente pronto, como você poderá constatar na chamada que faço para ele, na contra capa do meu segundo livro, A Noiva Aprovada por Ele; no qual não aparece este subtítulo. E considerando o conhecimento e entendimento tido de tudo  que se relaciona com o aquilo que é bíblico. Há algum tempo tenho me incomodado com essa cultura do Jesus pobre coitado mostrado todos os anos nos filmes, no teatro e na mídia de um modo geral, tanto que já me contrapus a isto no meu primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não! Agora buscarei fazê-lo de maneira mais pormenorizada, agora, neste estudo aqui postado; até porque este estudo é basicamente um trabalho sobre Teologia Sistemática, numa visão simples, mas objetiva e isenta do academismo filosófico ─ não estou dizendo que não usarei filosofia no estudo, mas sim a sua forma retórica inócua que a envolve hoje em alguns nichos acadêmicos.

2
Esse entendimento do Jesus pobre coitado, que é um erro teológico sério; por conseqüência se funde a outro erro também muito sério, que foi e é a valorização do objeto cruz, tão serio, que até um grande teólogo inglês, nosso irmão em Cristo; valorizou extremamente esse objeto, a cruz, sobrepondo-o indevidamente à ceia, como símbolo para lembrar a morte de Jesus; que no texto bíblico, só é de fato e literal no ato da crucificação, pois Jesus foi pregado numa cruz, todavia, pós-crucificação o objeto cruz e a sua derivação verbal; são sempre no que diz o texto sagrado, figuras de linguagem  metafórica para entendermos o porquê da morte de Jesus, e através da cruz, as suas implicações e objetivos; não podendo ser materializada e usada como símbolo. 

3
Essa cultura da valorização da cruz sem base bíblica, que começou em 312 com a ascensão de Constantino ao poder, em função da sua dita visão da cruz, foi o fator gerador do que chamo de crucifismo ─ neologismo pejorativo meu com o seu componente Jesus pobre coitado.

4
Quero, e vou avançar mais nessas considerações... E nisto começarei pelo texto da epístola aos  Hebreus 12. 2-3, no qual, de maneira clara e objetiva essa questão pobre  coitado; que está ligada tão-somente ao sofrimento literalmente físico, é refutado plenamente de forma didática, sendo isto elemento teológico muito importante, o qual não poderia ser tratado de maneira tão vulgar do ponto de vista cultural como teólogos têm permitido que assim aconteça e até ajudam essa heresia descabida.

5
Sem partir para a efetiva análise gramatical, ter-se-ia ou poder-se-ia ver para o texto de Hebreus 12. 2-3, o seguinte:    fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz (também tal contradição dos pecadores contra si mesmo) desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus. Considerai aquele que suportou (a cruz desprezando a ignomínia) tal contradição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos canseis, desfalecendo em vossas almas. 

6
O intercâmbio que fiz entre os dois versículos repetindo parte de um no outro, desse texto do livro de Hebreus, foi uma espécie de provocação, para que você possa ver de maneira objetiva, que não há aqui, nem de leve a questão    machucou, foi doída, coitado e etc...

7
Enfim! O informado no texto é que de fato o sofrimento do Senhor Jesus consistiu efetivamente em Ele ter sido humilhado e afrontado, que diferentemente não aconteceu com os dois ladrões ao seu lado, os quais, até que, se Jesus fosse de fato igual a eles, conforme os relatos dos evangelhos; do ponto de vista humano isto não teria acontecido, pois Jesus foi o centro das atenções e, o seu sofrimento, não o de pobre coitado porque doeu; como doeu também nos ladrões ao seu lado e todos os crucificados da história... Não foi o a dor física, que as religiões ou filosofias ou culturas orientais ensinam como sublimar; coisa que seria fácil para o Senhor Jesus pelos seus poderes de Filho de Deus    entretanto, não estou dizendo que Jesus evitou as dores físicas, que foi também igual aos dois ladrões, mas sim, como detalharei; a execração, humilhação e afronta que não foi igual para os ladrões ou qualquer outro crucificado, para as quais não existem formas de sublimação, e atingiu a Jesus com toda a carga que é pertinente a essa coisa terrível... Deixemos (todos nós) de sermos os ridículos e presunçosos    nós os miseráveis seres humanos carentes de Deus e do seu Filho, o Senhor Jesus, que agimos assim  ;  às vezes, por ignorância,  temos nos colocado nesse patamar de sentir pena de Jesus; que também se constitui em continuar a ofendê-lo, como aqueles inocentes úteis fizeram no passado e continuam fazendo nas peças teatrais e nos filmes sobre o seu sacrifício.

8
Este texto, e todos os outros que falam da crucificação do Senhor Jesus, apontam para a sua humilhação, execração e afronta, pois ali estava o Filho unigênito do Deus vivo, sendo atingido exatamente na sua condição de um ser maior que anjos e humanos. Essa afronta foi coisa tão séria que fico pasmo em ver que teólogos ditos eminentes, ajudem a essa cultura da valorização do objeto cruz e a também heresia do “Jesus pobre coitado”, quando não existe no texto sagrado valorização quanto à cruz, vinculando-se a esse “doeu coitado”. Dentro dessa questão sofrimento, o catolicismo também desenvolveu a cultura do auto flagelar-se, dizendo ter isso relação com o sacrifício de Jesus, usando isso para mortificar os desejos pecaminosos e atingir a santificação... O lamentável e grave, é que essa cultura teve origem nos cultos pagãos, conforme I Reis 18. 28 e Levítico 20. 28 (ver também história sobre cultos pagãos), e ainda hoje, de alguma forma, ela é estimulada e praticada pelo catolicismo.    

9
Isto me motiva a fazer um pequeno comentário sobre os filmes, principalmente o do Mel Gibson, lançado em 2004, que caminha de maneira mais ainda exacerbada nessa heresia cultural da crucificação sofrida, doída, no pobre coitado Jesus, presente de forma clara no filme. Quando Paulo, pelo contrário, se referiu à crucificação (Gálatas 5. 11) como o escândalo da cruz, ou o Senhor Jesus sendo humilhado, naquele ato insólito contra  Ele, o Filho de Deus.

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Neste estudo que é sobre a questão sofrimento do Senhor Jesus na cruz; abordarei sobre filmes, como informo acima, mas antes quero considerar sobre a tentação de Jesus, que envolve questões teológicas importantes que devem ser estudadas de maneira séria e que tem efetiva relação com a sua crucificação... Até porque ninguém precisa estudar sobre o não pecar, como é feito praticamente em todas as Escolas Dominicais das diversas igrejas evangélicas. Quando a realidade é que todos nós sabemos o que é errado e conseqüente pecado, porquanto a nossa consciência nos acusa em tudo aquilo que fazemos de errado. Precisamos estudar, sim, tudo aquilo que nos torna presa fácil dos donos de igrejas    que vivem da nossa ignorância quanto a essas questões de cunho teológico.   

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Nos evangelhos de Mateus 4. 1-12, Marcos 1. 12-13 e Lucas 4. 2-13 tem-se os registros segundo cada um deles, do evento da tentação do Senhor Jesus. No registro de Marcos, há somente a menção de que Jesus fora ao deserto para ali ser tentado. Nos registros de Mateus e no de Lucas, temos a informação de ter o Diabo usado três tentativas de induzir o Senhor Jesus a se opor (tentação) à vontade do Pai, onde os dois estabelecem seqüências diferentes quanto a essas tentações, embora sejam unânimes quanto ao conteúdo... Levando em conta o fato de no conteúdo serem iguais, vamos reproduzir somente o texto de Mateus 4. 1-12  Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. E, tendo jejuado por quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. Chegando, então, o tentador, disse-lhe: Se tu és Filho de Deus manda que essas pedras se transformem em pães. Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e eles te sustentarão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Replicou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.  Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; e disse-lhe: Tudo isto te darei, se prostrado me adorares. Então ordenou-lhe Jesus; vai-te Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o Diabo o deixou; e eis que vieram anjos e o serviam.

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Rapidamente, antes de caminhar no assunto pertinente a este ponto do estudo, vou avaliar o debate bíblico havido entre o Senhor Jesus e Satanás, que é parte desse texto. A primeira tentação, segundo esse relato de Mateus, foi quanto ao alimentar-se, que tem base bíblica na oração do Pai Nosso ─  o pão nosso de cada dia nos dá hoje, também a multiplicação dos pães e peixes; que foi contraposta por Jesus usando parte do texto de Deuteronômio 8. 3    Sim, ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que nem tu nem teus pais conheceis; para te dar a entender que o homem não vive só de pão, mas de tudo o  que sai da boca de Deus, disso vive o homem..

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A segunda tentação; o Diabo a referendou a partir da garantia da proteção e provisão; tanto que ele usa textos do Salmo 91, que quero declarar veementemente: é específico do Senhor Jesus, como demonstrei no preâmbulo, ─ ou será que você consegue se ver como aquele que habita junto com o altíssimo?  O seu uso não tem nada a ver com amuleto de proteção, como de maneira popular vemos aqui e ali. E ainda pondero, que neste caso específico, o embate com o Senhor Jesus o Diabo foi literalmente correto quanto às suas citações bíblicas, as quais Jesus validou, entretanto Jesus as contesta na sua exacerbação, que se constitui em literalmente tentar a Deus.

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A terceira tentação, também tem base bíblica, conforme João 17. 11, 17. 14 e I João 5. 19    Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no Maligno. Por esse motivo Satanás  disse a verdade ao afirmar, conforme nos é dito em Lucas 4. 6-7    E disse-lhe: Dar-te-ei toda a autoridade e glória destes reinos, porque me foi entregue, e a dou a quem quiser; se tu, pois, me adorares, será toda tua. Jesus  se contrapõe a essa proposta e não contra o direito que Satanás diz ter, usando o que é parte de alguns textos do Antigo Testamento, principalmente do primeiro mandamento,  Êxodo 20. 3 e Deuteronômio 5. 7  Não terás outros deuses diante de mim. Também nessa tentação de Satanás (Diabo), quando afirma ter o direito e o poder para conceder glória, riquezas e tudo o que você possa considerar como bom e agradável;    que é fato, pois o Senhor Jesus não o contestou ou o não ter replicado, infere ser verdade; e, quando os que gostam de riquezas esquecem que Jesus disse: Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e, desgraçadamente começam a pedir todas essas coisas que Satanás diz    sendo verdade, ter o direito e poder de conceder, como ele disse a Jesus, tomem todo o cuidado, revejam o que essas igrejas que querem o seu dinheiro, lhes têm ensinado, pois pode acontecer que esse relacionamento com as riquezas (Mamon) e com aquele que concede todos esses benefícios puramente materiais; não ser esse o Deus vivo, Pai do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo; que exige que o busquem e o seu reino em primeiro lugar    porque este é o supremo direito que só a Ele e ao Pai pertence, e a forma para obtermos Deles alguma coisa é esse o pressuposto e regra básica a ser observada.                  

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Encerrando essa parte sobre a tentação. O que se constata de forma clara nas três tentações feitas por Satanás a Jesus, é que elas tiveram a intenção de induzi-lo a exercer de forma exagerada o seu direito de Filho de Deus; como fazemos; nos casos de filhos que têm pais de poder político, policial, militar ou outros poderes, que permitem aos seus filhos dizerem: Sabe de quem eu sou filho? No que, essas tentativas visavam comprometer a relação do Senhor Jesus com o Pai, ou uma  afirmação pessoal de poder, por parte de Jesus. No calvário, como o ponderado aqui, Jesus fez exatamente como o Pai esperava, pois quando humilhado, execrado, afrontado e sendo feito objeto de espetáculo e escândalo, Ele simplesmente tomou sobre si todas essas contradições, e disse: Pai perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem. Reiterando, o Senhor Jesus não foi e não é um pobre coitado, porque foi doída a crucificação, conforme a cultura católica romana que hoje é seguida por praticamente todos os que se dizem cristãos; porquanto a resposta quanto a isto, já fora dado pelo profeta Isaías com sete séculos de antecedência no capítulo 53. 3    Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Esse texto do capítulo 53 do livro do profeta Isaías é a informação antecipada do drama do Getsêmane e do calvário, que não teve nada a ver com pobre coitado e sim com a afronta dos pecadores ao unigênito Filho de Deus.    

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Com relação a filmes e peças teatrais sobre a vida de Cristo, quero dizer inicialmente    segundo essa minha visão; que o melhor filme sobre a vida de Cristo ─ o que melhor mostrou os acontecimentos; dos que foram produzidos até agora, foi o de Franco Zefirelle, Jesus de Nazaré, cujo roteiro e conteúdo abordam toda a trama política em que fora envolvida a morte do Senhor Jesus. A questão política que permeia todos os acontecimentos; do Gênesis a Apocalipse, são elementos importantíssimos, que não são levados em conta na sua grandeza quando se estuda Teologia; até porque, em quase todo o período do Antigo Testamento, a religião ou relação do povo judeu com Deus, fora também política    porquanto a religião era estatal. O evento do ministério do Senhor Jesus, que teve seu início em João Batista, o seu precursor; que o texto bíblico chama de plenitude dos tempos (Gálatas 4. 4 e Efésios 1. 10), marca a ruptura com a religião política e estatal; para uma religião essencialmente espiritual e universal, a Igreja e os seus nichos institucionais, as igrejas... Mesmo, não sendo mais política a relação com Deus; a partir do início do ministério de Jesus; isto continuou acontecendo por parte dos judeus e outros poderes no decorrer da história e ainda hoje. 

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O primeiro conflito político quanto a essa questão, gerou a necessidade ─ segundo as lideranças judaicas, da morte de Jesus. O texto sagrado informa que os líderes religiosos judeus se obstinaram na eliminação do Senhor Jesus, por inveja, sendo isso um fato (Mateus 27. 18), todavia, essa inveja teve um fator político inicial que vou tentar resumidamente explicar, até porque defendo um melhor estudo da questão política; que tem ser parte integrante do estudo teológico, pela sua de fato interligação; quando estranhamente se discute ou valorizam de maneira exacerbada e até indevida, o que chamam de falta de historicidade bíblica, tendo como relevante o que “um determinado historiador” diz e, se aceita como refutável todo um encadeamento narrativo (história) de vários autores bíblicos, que são respaldados por profecias. Sendo que isso tem gerado o que existe nos seminários versus seminarista, aquilo é o chamado “período de crise”, o qual propicia ─  em alguns casos a existência de pastores levianos e outros inseguros quanto aos princípios da fé; quando alguns dizem    contrariando a Bíblia, que é fonte de onde veio a sua fé: esqueçam do que o texto sagrado diz, pois a historicidade bíblica é duvidosa e, se apegue à sua experiência de conversão e relacionamento com Deus, a qual conclusão é um vazio inconseqüente, porquanto a fé em Deus que se possa ter é e será sempre oriunda da Bíblia para aquele que estuda num Seminário evangélico... Paulo diz em Romanos 10. 16-17     Mas nem todos deram ouvidos ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem deu crédito à nossa mensagem? Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo. Considere também, que essa exegese ─  seminaristas são ensinados a gostar da palavra  exegese   ─; de Paulo foi construída basicamente a partir do texto de Deuteronômio 30. 11-16 (XV séculos a.C.) e também Isaías 53. 1 (VII séculos a.C.), portanto XV e VII séculos a.C. são XV séculos de história, que lhes estão ensinando a desprezar e, em a desprezando a sua fé não existirá e conseqüentemente o seu bacharelado em Teologia, será subjetivo, oco e de fato não significará nada.                   

18
Voltando a questão crucificação de Jesus; todos nós sabemos ─  como estava profetizado em Isaías capítulo 53; o Senhor Jesus derramaria o seu sangue para a justificação dos nossos pecados, todavia, as condicionantes que culminariam ou gerariam esse fato; em função do perfil do ministério do Senhor Jesus e o momento cultural e político, seriam e foram basicamente alicerçados  em fatos e condicionantes políticas. Pois o povo judeu esperava o Messias, o libertador que na expectativa deles seria o construtor da definitiva hegemonia política de Israel.

19
O início do ministério de Jesus acenou para essa concretização, que de fato foi e é do ponto de vista espiritual, tanto que, primeiro, as lideranças religiosas procuraram saber de João Batista, se era ele o Messias prometido, conforme João 1. 19-20    E este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu? Ele, pois, confessou e não negou; sim, confessou: Eu não sou o Cristo. Posteriormente o próprio João Batista, quando estava preso enviou mensageiros ao Senhor Jesus, perguntando-lhe se de fato ele era o Messias, embora já tendo ele próprio dado testemunho de Jesus, em João 1. 27-37, conforme registrou, Mateus 11. 1-3 e Lucas 7. 19    E João, chamando a dois deles, enviou-os ao Senhor para perguntar-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou havemos de esperar outro? A questão é que, embora João Batista já tivesse começado o trabalho de pregação do arrependimento ou chamada para o Senhor Jesus como o Messias prometido. Após o início do ministério de Jesus e o seu desdobramento; o sumo sacerdote, as principais lideranças judaicas e até o próprio João Batista, não estavam vendo as vertentes políticas nas ações do Senhor Jesus, quando ele e também os seus discípulos, não tiveram inicialmente a visão desse ministério plenamente espiritual do Senhor; que João só fica efetivamente entendendo após a informação dos que ele enviou para perguntar a Jesus e, os discípulos só vieram a ter consciência depois de Jesus ter ressuscitado.

20
De modo diferente, as lideranças judaicas identificaram quase que imediatamente, o Jesus que não era político ─  como exemplo, Nicodemos, João 3. 1-21, José de Arimatéia João 19. 38, que o aceitaram assim, e os outros de forma diferente começaram a procurar alguma maneira de incriminá-lo do ponto de vista político, enquanto o incriminavam a partir da lei judaica, mas quanto a isto temiam o povo. Para não tornar a explicação, sobre esse assunto, muito extensa vou transcrever um texto, que é contundente quanto a isto, Marcos 12. 14    Aproximando-se, pois,  disseram-lhe: Mestre sabemos que és verdadeiro, e de ninguém se te dá; porque não olhas à aparência dos homens, mas ensinas segundo a verdade o caminho de Deus; é lícito dar tributo a César, ou não? Daremos, ou não daremos? Mas Jesus, percebendo a hipocrisia deles, respondeu-lhes: porque me experimentais? Trazei-me um denário para que eu o veja. E eles lho trouxeram. Perguntou-lhes Jesus: De quem é esta imagem e inscrição? Responderam-lhe: De César. Disse-lhes Jesus: Daí, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E admiram-se dele. Quando, neste texto buscaram uma declaração de Jesus contra o pagamento de impostos a Roma, eu exercia domínio político sobre os judeus e a atitude de não pagar tributos configuraria crime de subversão.   

21
Desde o início da supremacia romana sobre a Judéia, até a destruição de Jerusalém no ano 70, aconteceram vários conflitos entre as forças romanas de ocupação e facções judaicas, tais como os zelotes e sicários; que em função da interpretação dos rabinos para as profecias de Daniel cap. 2 e cap. 7, A Quarta Filosofia, que era entendida, ser a vinda do Messias o fim da opressão romana, e o início da hegemonia de Israel    como já disse anteriormente, também as classes religiosas esperavam por isso, ainda que fazendo jogo duplo como se viu no julgamento de Jesus perante Pilatos. O que complicou todo esse quadro político religioso, é que o Messias esperado não contemplou essa expectativa política ou não era de fato um libertador político como o esperado por todos... O pior, para os religiosos, foi que justamente na área de influência, mando, e de obtenção de benefícios deles, é que esse Messias, o Senhor Jesus, resolve atuar, criticando e buscando reformá-la, daí surgiu a inveja; porque mesmo dentro da visão do Antigo Testamento, de um homem ungido por Deus; Jesus era irrepreensível  para eles e impossível de ser subordinado ao mando sacerdotal.

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Do lado romano, não havia nada absolutamente nada que desabonasse a Jesus, ou pelo contrário; o Senhor Jesus era um fator político importante para Roma, pois o conflito, da sua missão versus as expectativas judaicas os dividia politicamente, sendo isto bom do ponto de vista político para Roma, conforme ficou claro no julgamento de Jesus perante Pilatos. Tem-se nos evangelhos e no livro de Atos dos Apóstolos, menções de ações das forças de Roma contra líderes e insurreições; todavia não há registro de nenhuma animosidade de repressão política contra cristãos, a não ser por parte dos judeus; senão depois do ano 65, após a morte de Sêneca, o preceptor e conselheiro do imperador Nero, que foi o primeiro dos imperadores a perseguir a Igreja, tendo isso acontecido após a morte do equilibrado e conciliador  Sêneca, seu conselheiro (preceptor desde a sua juventude).

23
Quero evoluir nessa questão política que envolveu o ministério e a morte do Senhor Jesus, chamando a sua atenção para o fato, de terem, as lideranças religiosas buscado todo o tempo reunir elementos para acusarem a Jesus de quebra da lei judaica, não o tendo feito imediatamente porque temiam o povo, e em última análise, o povo deveria participar da execução da pena, que seria a de apedrejamento, que não aconteceu, porque não era ainda a hora segundo os planos de Deus. Aproveito para informar ─  e isto é por demais elementar, que o fato de Jesus ser crucificado sob o mando de Roma e não apedrejado pela lei judaica, não residiu no que muitas lideranças dizem: não terem os judeus o direito de julgar e condenar a morte os seus concidadãos; não podiam fazer isto com cidadãos romanos; e nem os próprios romanos podiam punir romanos sem julgamento, Atos 16. 35-39 e  22. 24-29), todavia podiam e faziam, como Paulo fez com Estevão e o povo faria com a mulher adúltera com a permissão de Jesus, que não contrariou a lei, pois disse:    Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra e outros textos nos evangelhos e até os romanos tinham conhecimento e permitiam que assim fosse feito, conforme também esse texto de Atos 18.  12-17, quando o Procônsul Gálio nos informou isto.  Estudemos com mais seriedade e inteligência o que de fato a Bíblia ensina.

24
Sobre a questão jurídica e religiosa comentada por mim nos dois parágrafos anteriores leia também o meu outro Blog EXISTE MALDIÇÃO HEREDITÁRIA?  SATANÁS E PESSOAS PODEM AMALDOÇOAR A QUEM QUISER? Que inclui um estudo sobre crimes dolosos contra a vida,  endereço    www.maldicaosatanasepessoas.blogspot.com , no qual, faço detalhado comentário sobre o julgamento religioso de Paulo no Sinédrio (quando não conseguiram condená-lo), depois, num tribunal romano, tendo o procurador Felix como juiz    julgamento político, no qual não foi condenado  ─, posteriormente (dois anos depois) julgado pelo procurador Pórcio Festo, a quem Paulo descredenciou, quando reivindicou ser julgado em Roma (numa alusão de hoje: ao STJ ou STF) em função da sua também cidadania romana. Que sendo julgado em Roma no ano 62, foi absolvido e voltou para Jerusalém, porquanto o advogado estóico e conciliador Sêneca ainda vivia e era conselheiro do imperador Nero. Entretanto, tendo Sêneca sido acusado de conspiração foi morto no ano 65, e no ano 67 Paulo foi novamente julgado, condenado e morto por decapitação... Associei a morte de Paulo a de Sêneca, pelo fato de que enquanto ele era vivo e conselheiro de Nero, este, teve comportamento normal, que mudou totalmente depois do ano 65 sem a influência de Sêneca.
              
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O motivo da crucificação de Jesus e não o apedrejamento já foi explicado anteriormente quando falei dos elementos ou componentes presentes no instrumento de pena capital, a crucificação, que contempla: No ser pregado vivo; o componente de tortura associada à exposição daquele que é crucificado ao escárnio público; que no caso de Jesus, isso se agravou extremamente, por estar ali o Filho unigênito de Deus sendo, reiterando, para que fique definitivamente entendido: humilhado, execrado e tornado espetáculo público a partir da confrontação de extremo abuso, quando diziam: “Se tu és o Filho de Deus, desce da cruz, te salva a ti mesmo!” Além disso, a crucificação era principalmente um instrumento de pena capital, a morte, com os outros componentes que já citei.

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Novamente falando sobre filmes e peças teatrais, vê-se de maneira sistemática no decorrer da história esse vício repugnante do Jesus pobre coitado; que no filme produzido e dirigido por Mel Gibson isto é explorado de maneira exacerbada e até ridícula; conseqüentemente nada fiel com o registro do texto sagrado, de igual modo nada fiel com a história e com os objetivos do Novo Testamento, como o filme pretensiosamente se enunciou e é mantida essa inverdade histórica e teológica.


O  FILME  A PAIXÃO  DE CRISTO

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Contemporaneamente tivemos de maneira objetiva, atores se dirigindo e até produzindo os filmes e peças nos quais trabalharam como atores, como no passado o grande e saudoso Chaplin (1889-1977) já fizera em seus filmes. No Brasil tivemos na década de 50 o importante ator e diretor russo, radicado no Brasil Eugênio Kusnet (1898-1975), que sistematizou o que chamo de tríade do ator, quando mostrou de maneira objetiva e clara; que o ator quando representando, continua, obviamente sendo o ator, também em concomitância, o personagem, representando-o em toda plenitude proposta pelo autor, entretanto sem o envolvimento real com esse personagem; funcionando ou agindo também como o avaliador ─ o ator dirigindo a si mesmo e medindo o que ele, o ator, está conseguindo em termos de mostrar o que é e propõe o personagem. Isto foi modernamente exercido no cinema norte americano, nos filmes Dança com lobos, tendo Kelvin Costner como diretor e ator, Coração Valente, tendo Mel Gibson  como  diretor e ator, e o filme A paixão de Cristo, a partir do qual desenvolvo essas considerações sobre filme produzido e dirigido por Mel Gibson. Contra o qual vou fazer sérios comentários, todavia, já de antemão digo, que tenho grande apreço pela sua capacidade de ator, diretor e agora produtor.

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Lembro do Mel Gibson desde Made Max I, e aplaudo dentre os seus trabalhos: Hamlet, O Preço de Um Resgate, O Patriota e Coração Valente, que ele dirigiu e foi o ator principal; também compreendo a sua visão, por ser ele católico romano; entretanto, não entendo o porquê agravar de maneira exacerbada a forma como Jesus fora açoitado, a qual não corresponde à verdade bíblica; sem haver a mínima possibilidade para se especular nessa direção, que decididamente não corresponde aos fatos narrados nos evangelhos e, também considerando toda uma avaliação Hermenêutica dos fatos ─  como já estou fazendo, torna nula toda essa construção, que é fruto do repugnante vício cultural do Jesus pobre coitado que sofreu muito. Também, de maneira inconseqüente e até infantil, ele plantou uma falsa validação do chamado santo sudário, já identificado como tendo a sua feitura não muito longe de nós, em dois “closes” que aparecem no filme    que eu, não tendo estado lá por traz das câmaras ou visto o making of de todas as cenas, como qualquer pessoa que tenha algum conhecimento desse trabalho de filmagens ─ identifico claramente uma quebra do que seria o roteiro normal para essas cenas serem inseridas, e o pior  o todo cuidado de posicionar o lenço que estava em posição transversal na cabeça da jovem, para colocá-lo em posição longitudinal ao corpo e ao rosto de Jesus, para produzir ou imprimir nele as suas feições, na simetria de um retrato, como é a do chamado Santo Sudário, o de Oviedo... O segundo close ou cena, é tão ridículo, que nem valeria à pena comentar: Num momento gravíssimo da história    uma jovem, de maneira inusitada consegue abrir espaço entre uma turba ensandecida e cuidadosamente imprime no seu lenço o rosto de Jesus. O mais inusitado ainda; é que ela se posta no meio do caminho, com o lenço convenientemente aberto, como aparece no filme, como se fora um out door... Procure lembrar essas cenas no filme.

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Quanto ao chamado Santo Sudário, lenço de enxugar suor; eu como cristão teria todo o interesse na sua legitimidade, pois seria isso um fator material contra a leviana alegação da falta de historicidade de Jesus, todavia a seriedade e o compromisso com a verdade exigem de cada um de nós essa visão e busca persistente dessa efetiva verdade.

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Na crucificação do Senhor Jesus aconteceu, conforme relatos de Mateus 27. 35, Marcos 15. 24 e João 19. 23-24 ─ Tendo, pois, os soldados crucificado a Jesus, tomaram as suas vestes, e fizeram dela quatro partes, para cada um dos soldados uma parte. Tomaram também a túnica; ora, a túnica não tinha costura, sendo toda tecida de alto abaixo. Pelo que disseram uns aos outros: Não a rasguemos, mas  lancemos  sortes sobre ela, para ver de quem será (para que se cumprisse a escritura que diz: repartiram entre si as minhas vestes, e sobre a minha vestidura lançaram sortes), e de fato, os soldados assim fizeram. Nesses dois versículos do relato de João vemos o que aconteceu com a parte mais leve do vestuário, que coube um pedaço a cada um dos quatro soldados. No caso da túnica, coube a somente um deles, ─  através de sorteio dessa peça do vestuário intacta, inteira.

30
Dentro da visão Hermenêutica da efetiva verdade, há aqui nessa primeira avaliação sobre panos, que tiveram de fato contato com o corpo de Jesus; durante a sua condenação, a sua trajetória até o calvário e a conseqüente crucificação; o ou “os” identificá-los, na direção de elucidar essa coisa mal entendida e também conduzida, que é a inverdade absurda quanto aos chamados sudários.

31
O primeiro fato importante quanto à questão vestes ou panos que estiveram ou poderiam ter estado em contacto com o corpo de Jesus. A questão não é simplesmente o chamado sudário, é que quanto a marcas de sangue nesse ou naquele tecido, nessa vestimenta ou lençol ou ainda sudário, lenço, se constata que as únicas peças de panos, tecidos que poderiam estar impregnados de sangue, seriam as vestes que Jesus usou imediatamente após ser açoitado e lhe colocarem sobre a cabeça a coroa de espinhos. Considere que, só é de fato possível ao sangue impregnar ou introduzir-se entre as tramas de tecido enquanto esse estiver em seu estado líquido e não coagulado; no que, essas considerações iniciais quanto às vestes; também inferem a constatação de que só foi possível essa impregnação com sangue “nas vestes”, que lhe foram colocadas enquanto Ele ainda sangrava, no momento em que Jesus recebia ferimentos; que segundo os relatos dos evangelhos, essas vestes existiram e foram disputadas pelos soldados que participaram da crucificação.

32
Ainda se faz necessário desenvolver essa questão lenço, lençol, pano de linho, enfim como e com que se constrói e se pode legitimar ou não essa polêmica chamada santo sudário ou sudários. No registro sobre o sepultamento de Jesus feito por Mateus 27. 57-60, é dito no versículo 59  E José tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo, de linho,  Marcos 15. 42-46 relata no versículo 46    o qual, tendo comprado um pano de linho, tirou da cruz o corpo, envolveu-o no pano e o depositou num sepulcro aberto na rocha; e rolou uma pedra para a porta do sepulcro,  Lucas 23. 50-56, diz no versículo 53    e tirando-o da cruz, envolveu-o num pano de linho, e pô-lo num sepulcro escavado, onde ninguém  ainda havia sido posto e João 19.38-42, no versículo 40 ─ Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em panos de linho com especiarias, como os judeus costumavam fazer na preparação para a sepultura.                 

33
Pense no que vou dizer, porque é um fato insofismável. Jesus quando pregado na cruz, obviamente sangrava em função dos ferimentos recebidos, posteriormente tendo sido retirado, esses ferimentos, agora não mais sangravam... Dentro dessa questão, sangue, pano e impregnação; tem-se uma vertente que deva ser avaliada, inclusive especulando as conseqüências dessa vertente que não aparecem no texto sagrado. João, que como se viu detalhou de maneira mais ampla o fato relacionado com esses momentos finais do ministério de Jesus, nos informa em João 19. 31-34    Ora, os judeus, como era a preparação, e para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, pois era grande aquele dia de sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados dali. Foram então os soldados e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele fora crucificado; mas, vindo a Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas, contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.

34
Quanto a esse texto há que se considerar duas questões: Sendo o Senhor Jesus de nacionalidade judaica, e de igual modo foram os judeus os que exigiram a sua morte, e também possivelmente os dois ladrões, isso motivou que os judeus tivessem interesse de que eles fossem imediatamente retirados da cruz para atender o preceituava a lei mosaica, conforme Deuteronômio 21. 22-23... A outra questão que se nos apresenta, é que embora o Senhor Jesus já tivesse sangrado e impregnado as suas vestes com sangue ─ conforme o já informado; também sangrou quando foi pregado na cruz, que após ser retirado o sangue vertido já estava coagulado sobre partes do seu corpo, como ainda algum oriundo dos acoites e da coroa de espinhos. Ao ser retirado da cruz, Ele recebe um golpe de lança do seu lado, não sabemos se esquerdo ou direito, que possivelmente foi o esquerdo, por ser o lado do coração... João nos diz que desse ferimento saiu água e sangue.

35
Analisando novamente panos e tecidos; o que se pode pressupor ─ a hermenêutica dentro do construir especulando com o corpo de Jesus ao ser retirado da cruz foi colocado sobre algum pano e não no chão  ─; também  a ação de José de Arimatéia, Nicodemos e de outros que seriam certamente seus serviçais a  preparar o corpo de Jesus para o sepultamento;  isso consta do texto; eles usaram, com toda a certeza, panos para a limpeza do corpo de Jesus, também forçosamente foi lavado ou limpo com panos umedecidos, nos quais restariam manchas de sangue misturadas com o líquido usado na limpeza e preparação do corpo; em água, ou em alguma das especiarias? O filme reproduz o Senhor Jesus sendo atingido pela lança no seu lado direito, enquanto estava na cruz, que o texto do evangelho de João, diz ter acontecido quando Jesus fora retirado da cruz, e dentro do momento que corresponde os atos da crucificação; diferentemente o texto do evangelho de João, nos informa algo de grande valor profético e espiritual; que foi a opção do soldado, em não quebrar os ossos das pernas de Jesus e por medida de segurança quanto à morte ele o fere com a lança.

36
O Sudário ou Sudários, chamados santos com marcas do sangue de Jesus não têm a mínima base bíblica de legitimação    calma, pois vou falar dos exames feitos nele, que buscam os legitimar... E para mostrar a minha coerência e amor pela verdade, vou caminhar num trabalho de hermenêutica quanto à possibilidade de um pseudo-sudário, entretanto  esses não teriam as características de retrato facial do Sudário de Oviedo e o da silhueta corporal identificada no famoso Sudário de Turim.

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Conforme o relato de João 19. 23, ao ser retirado o corpo de Jesus da cruz, por medida de segurança o soldado fere o corpo de Jesus com uma lança, cujo ferimento verte sangue e água... Dentro da visão de hermenêutica, caminhei na direção de que ao ser tirado o corpo de Jesus da cruz; ele foi colocado sobre um pano ou panos. Disso se conclui que sobre esse pano escorreu sangue, que só poderia formar uma espécie de poça ou uma incrustação espessa e localizada após a coagulação; no qual não seria possível especular a partir desse pano ou dos panos a silueta do corpo de Jesus, nem  nos  que foram usados para a limpeza do corpo na preparação para a sepultura, nem naqueles que o envolveram para estar ali ficar.

38
Quando da efetiva preparação do corpo para o sepultamento foram usados panos de linho para enfaixar o corpo (Mateus 27. 57-60, Marcos 15. 42-46, Lucas 23. 50-56 e João 19. 38-42), que já fora previamente limpo    não me cobre isso no texto bíblico, pois é por demais elementar que  tenham  feito toda a limpeza no corpo de Jesus antes de prepará-lo para o sepultamento, que se constata, conclui e elimina qualquer possibilidade de vincular esses textos ao chamado Santo Sudário ─ até porque o corpo era enfaixado (enrolado) pelo tecido, a semelhança das múmias egípcias ou exatamente como Lázaro, conforme João 11. 44; e ainda o texto de João 20.7 informa que após a ressurreição, foi encontrado, pelos que foram ao sepulcro; um lenço que estivera envolvendo a cabeça de Jesus, portando panos sem desenhos reproduzidos ou feitos com sangue.

39
O chegar à idade do Santo Sudário a partir do exame com carbono 14 teve polêmicas, que, entretanto, não conseguiu fazer regredir a sua origem ao início da era cristã. A questão polens, na tentativa de fazer a sua idade regredir ao início da era cristã,  também se provou polêmica e inconsistente... Por fim, as marcas encontradas no Sudário ou Sudários, não são decididamente do corpo do Senhor Jesus.

40
O concluir objetivo quanto chamado Sudário, pano com 4,36m x 1,10m, Sudário de Turim ou Sudários, considerando também o de 0,83m x 0,52m, o Sudário de Oviedo, que parece ser o especulado e ponto por ponto construído no filme, é que considerando o que se diz sobre esses chamados Sudários, eles não poderiam de forma alguma ter qualquer relação com os panos que tiveram contato com partes do corpo do Senhor Jesus, se levarmos em conta o que está gravado nesses Sudários, ou o que se pretende que esteja; porquanto nada disso se ajusta nem de leve com os relatos bíblicos e, considere também, que eu por ser cristão (reiterando) seria um dos grandes interessados na autenticidade desses panos com marcas de sangue, entretanto o estudo dos evangelhos invalida totalmente essa possibilidade.                                                           
            
41
O vício cultural do Jesus pobre coitado é tão repugnante; que cega às pessoas e as conduz a fazer coisas mais repugnantes ainda, como no caso do Gibson neste filme... A partir da prisão do Senhor Jesus no Getsêmane, que é relatada nos quatro evangelhos, como os outros eventos até a crucificação têm-se a informação de que Pedro ─ quem informa isto, identificando nominalmente a Pedro e Malco é João  ─, cortou a orelha de Malco, o servo do sumo sacerdote; que Jesus imediatamente a restabelece. A questão quanto à prisão e o percurso do Getsêmane ao Sinédrio, é que o texto sagrado não informa que Jesus tenha sido espancado pelos os que foram prendê-lo; como aparece no filme de maneira selvagem, leviana e incoerente, e em tal intensidade, que a forma como o Jesus do filme foi espancado e até jogado de uma muralha, não permitiria que ele tivesse integridade física para estar normal como o personagem aparece na cena, já estando no Sinédrio; onde após o interrogatório, há outro período de espancamento, que irei comentar mais adiante. No início deste parágrafo, chamo a atenção para o fato do líder dos que foram prender Jesus ter sido ferido por Pedro e imediatamente curado por Jesus; caso houvesse algum tipo de animosidade, para espancar Jesus antes de apresentá-lo ao Sinédrio ─ que decididamente não fora a ordem recebida ─; que se busque intimidade com a hermenêutica, porquanto após esse fato essa motivação deixaria de existir e produziria exatamente o que consta no texto bíblico, o não ter havido nenhuma forma de agressão nesse trajeto.

42
As duas digressões (flash-back) quanto à infância e a juventude de Jesus como carpinteiro, que aparecem no filme tiveram de maneira clara a intenção de legitimar a heresia da ascendência de Maria como mãe, a quem o filho não negará nada ou a “Maria chamada mãe de Deus”; que é intercessora e mediadora, segundo os católicos romanos, entre Deus e os homens; misturando isto à doutrina da trindade, quando intercedem a Jesus como se Ele fora o Pai, por intermédio da mediação de Maria.

43
Abordando novamente o momento em que Jesus estivera no Sinédrio. No filme, cujo enfoque é obstinadamente mostrar um Jesus torturado e massacrado fisicamente, quando na realidade não fora esta a motivação, nem por parte da classe religiosa, que de maneira clara desde os primeiros relatos nos Evangelhos; era o humilhá-lo para desacreditá-lo (sobre o divórcio, Mateus 19. 1-12 e Marcos 10. 1-12, também sobre a ressurreição, Mateus 22. 23-33, Marcos 12. 18-27 e Lucas 20. 27-40) ou efetivamente matá-lo, através do apedrejamento, conforme João 8.37-40 e João 10. 31-32. O que vemos no filme, no momento do Sinédrio é a construção de uma clássica cena de espancamento, diferente do que os textos bíblicos informam: Lucas não registrou que Jesus fora esbofeteado, João registrou que Jesus fora esbofeteado por um dos guardas, e Mateus e Marcos registraram que Jesus recebera bofetadas e socos, todavia, se atentarmos para os relatos de cada um deles; não vemos nem de leve que eles tenham entendido que Jesus fora espancado no Sinédrio, quando, pelo contrário eles enfatizam que as agressões recebidas por Jesus foram com a direção de ridicularizá-lo; tanto que diziam: Profetiza quem te bateu!.. Dentre as inverdades e ambigüidades do filme, há esta que é clara ambigüidade; pois de fato não foi possível tirar do Sinédrio uma condenação de morte contra Jesus; Sinédrio esse, que o filme mostra unânime no espancar Jesus, pois de maneira contraditória, no filme um personagem é inserido para classificar aquele julgamento como uma farsa; sendo que essa inserção e afirmação verdadeira, todavia, colide com a idéia do espancamento unânime...

44
Nas primeiras considerações que fiz nesse subtítulo, mostrei que Satanás, embora seja o pai da mentira, João 8. 44, também, quando lhe interessa, fala a verdade, entretanto ele é essencialmente mentiroso, e suas mentiras aparecem grafadas na Bíblia, e não só as suas mentiras, mas também a de pessoas comuns e autoridades, como a mentira dita por Caifás e os principais sacerdotes quando levaram Jesus para ser julgado por Pilatos, quando afirmaram, João 18. 31-32 ─  Disse-lhes, então, Pilatos: Tomai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe os judeus: A nós não é lícito tirar a vida de ninguém.            

45
Como disse, com relação a lideranças que dizem que estudam a Bíblia e aceitam essa mentira dita pelos religiosos a Pilatos; porque ela aparece no texto sagrado e pior, esses concordam com tudo o que esse filme mostra e o estão usando como material para evangelização, ressalvando que alguns o fazem na boa fé, todavia isto não torna nula a falta de maturidade teológica. Senão vejamos: a legislação judaica contemplava pena de morte para alguns casos, que não vou considerar todos e, somente o para o caso de blasfêmia, que é pertinente ao que está sendo estudado. Para blasfêmia, conforme Levítico 24. 15-16    E dirás aos filhos de Israel: Todo homem que amaldiçoar o seu Deus, levará sobre si o seu pecado. E aquele que blasfemar o nome do Senhor, certamente será morto; toda a congregação certamente o apedrejará. Tanto o estrangeiro como o natural, que blasfemar o nome do Senhor, será morto.  Não vou acompanhar a trajetória bíblica dessa punição sendo posta em prática, por ser isto muito elementar e de conhecimento até popular, mas quero chamar a atenção para três, claramente ilegais e mais próximas de nós; sendo o primeiro genocídio, com a morte das crianças, a mando de Herodes, o Grande, a morte de João Batista a mando de Herodes Antipas (filho de Herodes, o Grande) e a morte de Tiago a mando de Herodes Agripa I (neto de Herodes, o Grande) e por fim a de pressuposto legal, que foi a morte do diácono Estevão, que condenado pelo Sinédrio é apedrejado como o previsto na lei, conforme Atos 7. 8-14 e Atos 7. 57-60. Quanto ao Herodes do filme, que pretensiosamente se apresenta como fruto de pesquisa histórica, não se preocupe, pois vou identificá-lo. Esse foi o Herodes Antipas, o mesmo Herodes que mandou decapitar João Batista a pedido de Herodias, feito através de sua filha, que pediu a cabeça dele em uma bandeja, conforme Mateus 14. 5-12  e Marcos 6. 17-29... Há vários Herodes no texto bíblico    como estamos vendo, entretanto não é sobre isso que efetivamente estamos tratando, todavia entendo que o filme tinha a obrigação de identificar esses Herodes. Quando abordar sobre Pilatos ter enviado  Jesus a ele, farei um rápido comentário sobre a dinastia herodiana.                                                            

46
O grande embate político, quando se misturou a inveja dos religiosos pela ascendência e importância de Jesus junto ao povo e também a de outras  lideranças dentro do próprio Sinédrio,  que se provou em todos os momentos; inclusive no fato de não terem tido condição de condená-lo no Sinédrio, embora todo aquele tumulto havido ali aparentasse unanimidade contra Jesus. Se Jesus tivesse sido de fato condenado no Sinédrio, ele seria sumariamente apedrejado; que se prova por o terem levado à presença de Pilatos para ser julgado, sendo isso claro nos textos de Mateus 27. 11-25 e Marcos 15. 1-15 e João 18. 28-38, e também nesses textos é claro não ter havido o mínimo interesse por parte de Pilatos em condenar Jesus, que nesses dois relatos,  que não é informado; Jesus ter sido enviado à presença de Herodes, depois Ele é escarnecido pelos soldados e mandado para ser crucificado.

47
No relato de João 18. 28-40 e 19. 1-16, que é o mais extenso e detalhado, todavia como os de Mateus e o de Marcos não informam que Jesus tenha sido mandado a presença de Herodes. Nos três relatos citados até agora temos toda a série de acusações dos religiosos contra Jesus, para que Ele fosse condenado, quando todo o tempo Pilatos buscou meios de impedir que eles o levasse a ter que proferir pena de morte contra Jesus, e usou inclusive dois expedientes nessa direção, quando primeiro sugeriu a escolha entre o Senhor Jesus e Barrabás ─ que não tendo dado certo  ─, Pilatos entrega Jesus para ser açoitado, visando aplacar o ódio dos religiosos e conseguir com isso que eles desistissem da sua condenação à morte.         
                                      
48
No que foi informado por Lucas 23. 1-11; diferente do que informou Mateus, em Marcos e João; é relatado também que Jesus fora enviado a Herodes, que ocasionalmente estava em Jerusalém, pois governava a Galiléia (ver no mapa da sua Bíblia); Jerusalém extremo Sul e Galiléia extremo Norte, que já identifiquei como sendo o Herodes Antipas, filho de Herodes, o Grande. Conforme prometi: A dinastia herodiana começa com Herodes o Grande, que era filho do idumeu Antipater, que descendia de Esaú irmão de Jacó, que é Edom, vermelho por causa do guisado. Para não estender essa questão Herodes, vou apenas citar um fato lamentável; dos muitos ligados à vida de Herodes o Grande, que fora dito pelo primeiro imperador romano Otávio Augusto, seu contemporâneo, pois ele morreu em 4 a.C. e Otávio Augusto em 14 d.C, “que concluiu; ser um porco do chiqueiro de Herodes, opção melhor do que ser um dos seus filhos”, dos quais vários foram mortos ao seu mando e inclusive Mariamne sua esposa. O último dos Herodes foi Herodes Agripa II, que viveu até o final do primeiro século.       

49
Seguindo os relatos de Lucas sobre o julgamento de Jesus por Pilatos; Lucas informa que Herodes e os seus soldados escarneceram de Jesus, e ele o manda de volta a Pilatos, que o recebendo começa a argumentar que também Herodes não viu em Jesus nenhum crime digno de morte e, insiste na segunda tentativa de evitar a morte de Jesus; que foi a de mandar açoitá-lo para depois o soltar, tendo reiterado isso pela terceira vez, conforme Lucas 23. 22 ─ Falou-lhes, então, pela terceira vez: Pois, que mal fez ele? Não achei nele nenhum culpa digna de morte. Castigá-lo-ei, pois, e o soltarei.  A intenção de Pilatos ao propor que Jesus fosse açoitado para com isso aplacar o ódio dos religiosos é muito clara na narrativa dos quatro evangelhos e efetivamente literal no versículo grafado acima; reiterando, isso é tão claro e evidente, que no texto da fala do personagem Pilatos é reproduzida a observação feita aos que açoitariam a Jesus, de não comprometerem a sua vida. Só essa informação já torna; ambígua, repugnante, despropositada, inconseqüente e sem nenhuma base histórica e efetivamente bíblica, a maneira como o personagem Jesus é açoitado no filme...

50
Antes de concluir objetivamente os objetivos desse açoitar Jesus a mando de Pilatos, que é descrito na sua importância pelos quatro evangelistas; quero ponderar de maneira veemente que a maneira como Jesus é açoitado no filme, chega, não fora a seriedade do tema, as raias do ridículo e imponderável, pois isso torna o roteiro do filme algo pouco sério; quando ignora a fala do personagem Pilatos, que manda ter cuidado com a vida de Jesus, sendo também a selvajaria vista nas cenas em que Jesus é açoitado, sem ser preciso conhecimento profundo em medicina, mostram claramente que ele não teria integridade física para se levantar e muito menos locomover-se e, sendo mais radical: ele teria morrido ali.

51
Considere agora, que os quatro evangelistas informam que a intenção de Pilatos ao mandar açoitar a Jesus teve o objetivo de quebrar a obstinação dos religiosos em querer a sua morte e conseguir com isso a aprovação para sua soltura; também, nas falas de Pilatos no filme isso é muito claro e até literal na observação que faz ao centurião quando manda açoitá-lo. Agora, para que você possa entender exatamente do ponto de vista histórico ─ não da cultura católica romana do Jesus coitado, que se tornou popular e principalmente do ponto de vista dos objetivos de Deus quanto ao efetivo sofrimento do Senhor Jesus, como já detalhei exaustivamente desde o início desse subtítulo... Nos relatos de Mateus 27. 27-31, Marcos 15. 16-20 e João 19. 1-3 nos é informado da seqüência de atos de gozação ─ perdoem o coloquial, que é execração, humilhação, vexação, a qual Jesus foi submetido, quando entregue aos soldados romanos para ser açoitado.

52
Os evangelhos informam que Jesus foi açoitado, como já informará ser isso foi idéia de Pilatos como opção a evitar o ter que decretar a sua morte; que aconteceu, e ele, quase “politicamente correto”, pois os líderes religiosos foram contundentes ao construir a acusação de que não condenar Jesus seria opor-se a César; passa para a história como aquele que lavou as mãos    como que dizendo, não sou o culpado, quando ao considerar Jesus como criminoso digno de morte. Como já disse, é sem propósito e até ridícula a cena brutal de espancamento, que até promove na seqüência, um nicho jocoso; não exatamente contra Jesus, que de fato é o que aconteceu segundo os relatos bíblicos, e sim quando um determinado soldado chicoteia a mesa do centurião que comandava, sendo isso parecido com coisas de comédias pastelão de humor negro. A base histórica ou efetivamente bíblica quanto ao momento em que Jesus foi açoitado; induz até a conclusão de que efetivamente o Jesus ser açoitado consistiu em precisamente humilhá-lo na presença de toda a “corte” (destacamento de 600 soldados), que ali estavam presentes, conforme Mateus 27. 27 e Marcos 15. 16. O que estou concluindo é que decididamente, a especulação que produziu a cena do açoitamento de Jesus é infeliz e desprovida de qualquer base bíblica, histórica,  coerência medica, e chega às raias do ridículo a forma como o filme a retrata.

53
A outra questão, que já ponderei quanto ao drama do Getsêmane e posteriormente sobre a crucificação, é que o sofrimento do Senhor Jesus se constituiu em ser humilhado e execrado, e o interessante quanto a isso é que nesse momento do açoitamento do Senhor Jesus, que no filme é exacerbado e sem base e, o que é de fato verdade, é mostrado de maneira tênue e até estranha:    um Jesus encostado no canto, com o manto de púrpura e a coroa de espinhos, é claro, como que se o diretor e o roteirista tivessem esquecido de colocar no filme o que é realmente verdade na Bíblia quanto a isso; e na última hora colocaram essa cena, cujos componentes são verdadeiramente bíblicos.

54
O que estou afirmando reiteradas vezes é que o sofrimento do Senhor Jesus consistiu em execração e humilhação, e como se fora uma intervenção direta de Deus; toda a trama política que envolveu a sua  crucificação; nesse momento em que Pilatos manda Jesus para ser açoitado, com o interesse claro de que ele não fosse morto;    que o filme especula de maneira correta, Pilatos ter dito que não comprometessem a integridade física de Jesus, mas de maneira ambígua promove aquele massacre mentiroso e despropositado, que colide de maneira frontal com esse  pedido de Pilatos. Quanto a essa especulação, que afirmo ser correta; todavia com contorno maior, ou seja, considerando o que os textos dos evangelhos informam quanto ao momento que o Senhor Jesus é entregue aos soldados romanos para ser açoitado; de fato, o que se viu foi, segundo esses relatos bíblicos, não o Senhor Jesus sendo barbaramente espancado, e sim ─  não com carinho e respeito, mas meticulosamente  ─; Jesus sendo humilhado, execrado, cuspido e agredido com bofetadas, o símbolo maior da ofensa e desmoralização pessoal pelos soldados, que é o que consta dos relatos dos evangelhos, e torna pertinente o especular que Pilatos dissera ao centurião: que de maneira nenhuma comprometessem a integridade física de Jesus e em contrapartida procurassem humilhá-lo ao máximo, para que isso provocasse uma reação patriótica nos judeus e desistissem de condená-lo à morte, pois o interesse dele, Pilatos era soltá-lo. Sendo que essa intenção de Pilatos é objetivamente clara nos evangelhos, e o também descrito sobre o momento em que Jesus esteve em poder dos soldados se ajustam plenamente a essa especulação; também se encaixa perfeitamente, não ao Jesus coitado, pois Isaías já dissera ser Jesus homem de dores, e também ao texto de Hebreus 12. 2-3, que diz ou ensina decididamente, que todo o drama do Senhor Jesus até a crucificação, foi a contradição de ver o Filho unigênito de Deus sendo execrado e afrontado pelos pecadores aos quais veio salvar.

55
Antes de refletir sobre a controvérsia da culpa pela morte de Jesus, aproveito para avaliar uma questão importantíssima, que consiste no ser indispensável conhecer de política, para se fazer corretas interpretações do texto sagrado, porque no caso específico ─ como estamos vendo, do julgamento e a crucificação; o pano de fundo principal ou cerne de todo esse evento foi basicamente político.

56
Embora nas narrativas dos quatro evangelistas não haja por parte de nenhum deles, o dar conotação política para as ações de acusação de Anás e Caifás, e todas as manobras de Pilatos, tentando salvar Jesus    o não ter sido feito isso, é evidente nas suas narrativas, entretanto, esse fato não invalida o que tenho ponderado aqui sobre esse fator político...

57
Em função disso e até colocando outra consideração ou entendimento para o posicionamento de Pilatos na defesa de Jesus; se diz que a aparente bondade dele para com Jesus    assim é trabalhada essa vertente; na qual se constrói que essa dita bondade de Pilatos foi fruto de influência satânica na direção de impedir a morte do Senhor Jesus, e com isso frustrar o plano de Deus para a salvação da humanidade. E argumentando isso a partir do texto de Mateus 16. 21-23, quando Pedro após ter plenamente identificado Jesus como o Filho unigênito de Deus. Tendo em seguida Jesus dito ser necessário padecer em Jerusalém, Pedro o insta a assim não permitir, e foi repreendido por Jesus objetivando estar ele sendo induzido por Satanás... Leia com carinho o versículo 23 e se constatará que Jesus chama a atenção para o fato do ensinamento errado sobre o seu ministério e não que isso pudesse por em risco os planos de Deus para a salvação da humanidade.

58
Embora possa parecer para alguém ser pertinente essa forma de entender a posição favorável de Pilatos quanto a Jesus. Primeiro se faz necessário recapitular todas as profecias sobre Jesus; para constatar o elementar do que Deus dissera por intermédio dos profetas sobre o que Jesus faria e o que  aconteceria com ele no final do seu ministério, conforme os relatos em Gênesis, Jó, Salmos, Miquéias Jeremias, Zacarias e amplamente o profeta messiânico Isaías; quando no capítulo 53 do seu livro descreveu com detalhes sobre o sacrifício do Senhor Jesus. Que Satanás na sua esperteza e certeza quanto ao previamente estabelecido por Deus sabia que exatamente assim se cumpriria, tanto que nos seus contactos objetivos, quando por meio de pessoas possessas: reclamava e apontava para o seu direito de infernizar a vida de todos nós até o dia do juízo (Lucas 8. 28)... Ele, na sua inteligência e objetividade de propósitos (maior do que os humanos), por saber que a sua  condenação, ainda que somente se dê no dia do juízo, todavia é certa; teria mais interesse na absolvição de Jesus,  que os motivos políticos de Pilatos na confrontação com os líderes judeus    o de manter Jesus vivo; que era o fator de desagregação como expliquei que interessava politicamente a Pilatos. Do exposto, se conclui com tranqüilidade, que sendo Satanás inimigo de Deus, do Senhor Jesus e de toda a humanidade, mas sabendo que todo o plano de Deus é irreversível; não se preocupou muito com a morte de Jesus que foi parte de um seguimento mais terrível para os humanos representados nos judeus, que foi a sangrenta destruição de Jerusalém (ler guerra da Judéia de Flávio Josefo); pela qual Jesus lamentou e chorou (Lucas 19. 41-44) e nisso sim, Satanás se fartou na sua ânsia de ver  sangue e desgraça humana.

59
Como disse, Satanás sabendo ser irreversível tudo o que Deus predeterminara que acontecerá por intermédio das profecias;  também não atuou sobre Herodes Antipas, que tendo um forte precedente do seu pai Herodes o Grande, que intentara matar Jesus quando mandou matar os meninos com idade abaixo de dois anos. Quando Satanás agiu, pois lhe interessava a carnificina daquelas crianças... Sendo que depois ─ durante o julgamento de Jesus, Herodes, o Antipas conhecendo toda trajetória do ministério dele, e sabendo não haver nela ─  como já demonstrei, nenhuma manifestação de ações subversivas; declarou enfaticamente ser o Senhor Jesus inocente do crime de subversão política, que era a acusação que lhe faziam Anás,   Caifás e seus seguidores...

60
A única e “objetiva” investida de Satanás contra Jesus foi a de tentá-lo no deserto, senão vejamos Apocalipse capítulo doze, que fala da sua voracidade contra a igreja (os cristãos) e toda a raça humana.           

61
Pilatos agiu todo o tempo sob a influência do seu próprio entendimento e interesse político e não por ação de Satanás; como a grande maioria de nós erra sistematicamente ao atribuímos a Satanás os nossos erros, que ele gosta que assim façamos, pois nos acusa    ainda que hoje não  mais perante Deus, mas junto aos anjos com os quais tem contato, o faz  (Apocalipse 12. 9-10), nos chamando de mentirosos e pouco inteligentes, por culparmos a ele pelos nossos erros, advindos do nosso livre arbítrio.

62
Ainda, se estamos entendendo que a atitude inicial de Pilatos no defender ardorosamente a inocência de Jesus, foi motivada por clara ação do seu intelecto no entender não ser Jesus subversivo político, nem contra o governo judeu e muito menos o domínio de Roma, e somando isso ao fator desagregador da hegemonia política judaica ─ a força espiritual do seu ministério carreava as atenções para ele, que na expectativa cristã da vida futura, mortificava ou atenuava, de alguma forma, as reclamações e reivindicações para a vida nesse mundo; daí aquela (reiterando) aquela atitude amiga e bondosa de Pilatos... Estou sendo repetitivo quanto a essa questão tentação de Satanás, na intenção de que aprendamos mais e mais sobre o como tratar e de maneira ampla mesmo. Senão vejamos o que é dito em Tiago 1. 13-16, quando ele diz que Deus não nos tenta (obviamente) e sim somos tentados por Satanás quando primeiramente desejamos ou acreditamos em alguma coisa indevida    é vedado a Satanás obrigar a quem quer que seja a pecar ou fazer qualquer coisa que realmente não queira fazer. Que me faz concluir tranqüilamente que, se Pilatos, pelos motivos que já enumerei estar contidos na Bíblia, queria ardentemente livrar Jesus. Com a ajuda de Satanás isso teria acontecido, pois bastaria ele dizer que Jesus não seria crucificado por ser inocente daquilo o que o acusavam e se negar a autorizar sua morte.                                                 
                       
63
Entender isso é muitíssimo importante, até porque, também é necessário, por ser verdade. De igual modo, esse entendimento é parte de uma das vertentes da Hermenêutica, que inclusive por meio desse fato considerado por muitos como sem importância ou nem o consideraram na sua grandeza; foi a atitude de Pilatos em ter mandado colocar uma placa com a inscrição REI DOS JUDEUS, na parte da cruz acima da cabeça de Jesus...

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Todo o embate acusatório contra Jesus foi fundamentado em apresentá-lo como subversivo ou alguém que se dizia rei dos  judeus, em oposição a Roma; porque sabemos, que na época do julgamento de Jesus, a Judéia era governada por Pilatos (região de Jerusalém) e Herodes Antipas (região da Galiléia). Sabemos    se conhecemos política sabemos, que todo governante tem por trás de suas decisões, conselhos de assessoramento: conselheiros jurídicos e políticos; como os tinha Pilatos ─  inclusive com um pedido de cunho espiritual, da sua própria esposa; na sua decisão inicial de tentar por  todos os meios evitar a condenação de Jesus... Na conturbada evolução das fases do julgamento de Jesus, nota-se que quando Pilatos resolve permitir a crucificação e lava as suas mãos, num ato político de efeito; ato esse que foi impulsivo e solitário ─  porquanto a última tentativa de salvá-lo, quando por meio da  troca  por Barrabás falhara... Entendo e vejo claramente que o livrar Jesus era uma decisão oriunda também  de conselhos de assessores e uma espécie de senso comum até para Herodes Antipas, como comentarei a seguir.  Isso ou essa idéia solidificou-se nos elementos da cruz em que  Jesus foi crucificado, quando Pilatos manda que coloquem uma placa identificando Jesus como pretenso rei dos judeus... Isso se deveu ao problema político criado por Pilatos ao consentir na crucificação de Jesus. Quando os seus conselheiros o fizeram ver o desastre político-jurídico criado por ele na condenação de Jesus; inclusive agravado com o lavar das mãos, pois por todo o tempo durante o julgamento ele dissera publicamente que Jesus era inocente e lavou as mãos dizendo isso, daí os seus assessores o aconselharem a colocar a placa, buscando com isso de alguma forma associar Jesus a subversão. Isso é hermenêutica    essa forma de avaliar os fatos, que junto a toda uma série de ponderações que já fiz sobre sistematização, poderá muito nos ajudar no entendimento da Palavra de Deus quanto à sua contextura histórica, profética e doutrinária.                                   
                                  
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Aproveito depois todas essas considerações para refletirmos ─ como no quarto parágrafo anterior sobre a já milenar controvérsia; de quem foi o culpado pela morte de Jesus, se judeus ou os romanos... Voltando ao tempo do nascimento do Senhor Jesus, somos informados pelo evangelista (Mateus 2. 16-18), que após Jesus ter nascido, Herodes, o Grande, que nessa época era o legítimo representante do Estado Judeu, pois governava toda a Judéia dominada por Roma, intentou matar Jesus através da matança dos meninos de menor idade que dois anos... Ali, naquela época, de fato, politicamente o Estado Judeu tentou matar Jesus através do seu então mandatário maior, o rei Herodes, o Grande.

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Por ocasião da prisão, julgamento e morte do Senhor Jesus, a coisa foi totalmente diferente conforme procurarei demonstrar. Durante toda a sua vida terrena considerando também o espaço de tempo de três anos e meio que compreendeu o seu ministério, não houve hegemonia política por parte de lideranças judaicas... Após a morte de Herodes chamado o Grande (4 a.C.), a administração da Judéia foi fatiada entre seus filhos e procuradores romanos    como vimos na época do julgamento: Pilatos procurador em Jerusalém e Herodes Antipas governando a Galiléia... A hegemonia judaica aconteceu novamente com Herodes Agripa I, neto de Herodes, o Grande de 41 a 44. Se estivermos entendendo o que acompanhamos até agora sobre o  questionamento: de quem foi a culpa pela morte do Senhor Jesus. Preliminarmente já entendemos que a Judéia não era governada por unicamente um mandatário judeu quando desse momento histórico, e o mais interessante foi que o mandatário judeu, Herodes Antipas ─ governador da Galiléia, onde Jesus residia, se encontrava em Jerusalém, naquela ocasião. Foi acionado por Pilatos    por gentileza política, quando lhe enviou Jesus  para que o julgasse, por ser Jesus da sua jurisdição; Antipas zombou de Jesus e se eximiu de proferir sentença contra ele, dizendo não achar nele delito digno de morte;     isso  me faz lembrar a legislação penal Norte Americana, que é estadual... Voltando à questão senso comum quanto ao não ver crime digno de morte em Jesus    quando disse que o interesse de não condená-Lo era oriundo de conselho de assessores de Pilatos e agora afirmo também o de Herodes Antipas, que simplesmente desejava velo (Lucas 23. 8-9), e vendo-O alegrou-se    porque como Pilatos, não tinha nenhuma informação de seus auxiliares quanto a atividades subversivas por parte de Jesus e sabia exatamente que tudo aquilo vinha da inveja dos religiosos, aos quais não gostaria de contrapor em um julgamento ─ todavia declarou extra-oficialmente de maneira enfática a inocência de Jesus (Lucas 23. 15).  Diferentemente, no caso anterior da morte dos meninos com menor idade que dois anos, profetizado em Jeremias 31. 15 e citado por Mateus 2. 17-18    Cumpriu-se então o que fora dito pelo profeta Jeremias: Em Ramá se ouviu uma voz, lamento e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos, e não querendo ser consolada, porque eles já não existem, a mando de Herodes O Grande; cujo  horizonte era exatamente o profético, da vinda de um rei (o Messias), não descendente de Esaú (Edom, vermelho), como ele (Herodes) era, e sim de Isaque, Jacó, Judá e Davi, daí o sentir-se ameaçado por esse rei profético nascido na época do seu reinado até então hegemônico. 

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Decididamente não há como imputar ao Estado Judeu a culpa pela morte de Jesus, senão a incitação de religiosos por inveja, que encontrou espaço na timidez política do procurador Pilatos, que mesmo  entendendo a inocência do Senhor Jesus quanto à acusação deles, acabou cedendo... Embora tenha tentado evitar a condenação, como todos nós temos ciência, ao fim capitula de maneira leviana, naquele gesto simbólico que ficou famoso lavando as mãos, quanto ao que ele deveria decidir favoravelmente a Jesus. Errou contra a sua consciência e do ponto de vista político não soube trabalhar convenientemente o fator de desunião entre os judeus, que era a rivalidade dos religiosos contra Jesus, que de alguma forma os enfraquecia politicamente na oposição ao domínio romano, pois em momento algum Jesus se posicionara de maneira subversiva...

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Também ainda quanto ao que não seria culpabilidade dos judeus; temos nos relatos bíblicos um claro afunilamento para entender quem de fato queria a morte de Jesus, pois nesses relatos aparecem de maneira objetiva as pessoas de Anás,    o mentor intelectual da necessidade da morte de Jesus, e Caifás,  sumo sacerdote naquele ano, João 18. 13, que se somou  a algumas falsas testemunhas orquestradas por eles, participantes ativos no julgamento anterior havido no Sinédrio, no qual, a despeito de toda a manipulação de Caifás e Anás, eles não conseguiram votos suficientes no Sinédrio para condenar Jesus... Foi esse o verdadeiro motivo que os conduziu a levá-Lo  a um tribunal romano, ali, na pessoa de Pilatos, inclusive numa alegação duplamente injusta e mentirosa, conforme João 18. 31 ─  Disse-lhes, então, Pilatos: Tomai-o vos, e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe os judeus: A nós não nos é lícito tirar a vida de ninguém. Primeiro mentiram, como o ponderado anteriormente; e quanto ao não poderem condenar alguém, como já demonstrei em parágrafos anteriores; e o pior, ao dizerem isso, confessaram a intenção objetiva e “particular” de matar a Jesus, que lhes fora negada pelo Sinédrio, instituição judaica, que ironicamente era presidida e controlada por eles, também  posteriormente por Herodes Antipas, que não quis julgá-lo por entender não haver culpa em Jesus.

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Ainda, quanto aos populares que se somaram ao pedir a morte de Jesus, temos a afirmação em Nicolau Maquiavel (1469-1527) na sua obra, O Príncipe, disse: “(...), os fins justificam os meios    claro que não, mas podem realizar-se por “esses meios”. “Portanto, se um príncipe pretende conquistar e manter o poder, os meios que empregue serão sempre tidos como honrosos, e elogiados por todos, pois o vulgo (povo, plebe, populares) atenta sempre para as aparências e nos resultados; o mundo se compõe só de pessoas do vulgo e de umas poucas que, não sendo vulgares, ficam sem oportunidade quando a multidão se reúne em torno do soberano”. A multidão é inconseqüente e facilmente manipulável... o teatrólogo Nelson Rodrigues  referiu-se a isso de maneira mais didática e coloquial, quando disse:“toda unanimidade é  burra” (possivelmente plagiando Maquiavel) ─ se consegue com facilidade senso comum e apoio do povo quanto ao que se pretenda, conduzindo-o sem  a necessidade de explicar  razões,  objetivos  e conseqüências.                           

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Do ponto de vista humano é evidente a culpa de Roma, representada no seu procurador Pilatos, segundo o dito pelo próprio, conforme João 19. 10 ─ Disse-lhe, então, Pilatos: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar, e autoridade para te crucificar? Entretanto o fato espiritual que norteia toda essa questão, que transcende ao humano, é ser a culpa da morte do Senhor Jesus, em última análise, minha, sua, e de todos os seres humanos, enfim! Nossa. Como já nos explicara o profeta Isaías 53. 5 ─ Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos trás a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados; nisso também tivemos a participação de Deus Pai, que muito nos amou, sendo isso registrado em João 3. 16    Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê  não pereça, mas tenha a vida eterna.  Deus amou o mundo e deu o seu único Filho para morrer por nós... Isaías dissera enfaticamente que ele foi crucificado por nós. Os religiosos judeus, nas suas invejas, maldades e falta de espiritualidade, de igual modo Pilatos, na sua timidez política, acabaram sendo instrumentos humanos de Deus para que Jesus fosse morto pelos nossos pecados.

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Há ainda um fato a esclarecer que é o modus operandi (maneira de fazer) de como transcorreu a tomada da cruz e ser carregada até o local da crucificação, aquela espécie de ritual que a Igreja Católica Romana denominou de via crucis, lhe atribuído catorze ditas estações (desde o julgamento até a crucificação). Ritual este (o carregar a cruz) que não é presente nas diversas crucificações da história, inclusive na dos dois ladrões, crucificados ao lado de Jesus; justamente por ter essa espécie de ritual o mesmo objetivo explicado por mim no parágrafo de número quarenta e sete; que era o de ridicularizar Jesus e com isto os judeus reverem a intenção da crucificação e morte de Jesus, que no momento da ida para o calvário, Pilatos já estava mais do que consciente de ter cometido um grande erro político, e pior ainda, jurídico, porquanto sendo repetitivo: sistematicamente durante todo julgamento Pilatos dissera de maneira plenamente literal ser Jesus inocente do que era acusado e que não merecia a pena de morte, conforme Lucas 23. 14-15 ─ e disse-lhes: apresentastes-me este homem como pervertedor do povo; e eis que, interrogando-o diante de vós, não achei nele nenhuma culpa, das de que o acusais, nem tampouco Herodes, pois no-lo tornou a enviar; e eis que não tem feito ele coisa alguma digna de morte. Afirmação essa e o concordar com a morte de Jesus, que colocou em “cheque” a tradição jurídica do Império Romano e a expôs ao ridículo, por este motivo tentou por todos os meios dar um jeitinho para a solução do problema.                                 

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A denominação, modus operandi, ou a maneira de fazer relacionada à forma ou ritual como se procedeu na crucificação de Jesus foi inusitada e não  tem correspondência no decorrer da história; pois não se assemelha à maneira (modus operandi) como foram crucificados todos os demais condenados da história, inclusive os seis mil gladiadores que se insurgiram contra Roma, liderados por Espártacus, os quais foram crucificados em seis mil cruzes colocadas ao longo da via Ápia (73-70 a.C.). Quando, reiterando, na crucificação de Jesus foi estabelecido aquele ritual ─ que não foi o mesmo para os dois crucificados junto a ele  ─; justamente para que Jesus fosse humilhado durante todo percurso e com isto os judeus pudessem refletir sobre a humilhação de um judeu por gentios romanos, que eles consideravam pessoas impuras. Coisa que não surtiu efeito e só agravou mais ainda toda evolução do problema, daí, Pilatos ter recorrido ao expediente da colocação na cruz da placa com a inscrição REI DOS JUDEUS (reiterando), para caracterizar o crime de subversão por parte de Jesus.

74
No meu livro, titulado Ceia, sim! Cruz, não! busquei de maneira séria mostrar que a Bíblia, a história e a arqueologia não viram a cruz materializada na Igreja nascente até Constantino; porquanto cruz tão-somente aparece no texto sagrado como referência às três cruzes presentes no momento da crucificação de Jesus, ou  mais precisamente aquela cruz usada na crucificação do Senhor Jesus, a qual foi a referência amplamente usada como figura de linguagem.

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O que a história nos informa sobre a cruz como instrumento de pena capital é que fora usado primeiramente pelos fenícios, depois pelos gregos e posteriormente pelos romanos. As formas de cruz seriam: forma de X, forma à semelhança de um T maiúsculo (sem a parte superior acima do travessão horizontal) e o que pareceria com t minúsculo (com o pequeno prolongamento da coluna acima do travessão horizontal). A informação do maior número de crucificações veio do ano 73─70 a. C. quando da vitória do general Licínio Crasso sobre o exército formado por gladiadores revoltosos liderados por Espártacus; que sendo eles derrotados, seis mil foram crucificados ao longo da via Ápia, numa demonstração da força e do poder de Roma (ainda não Império) que tinha como símbolo de retaliação e punição a terrível morte de cruz, naquela didática macabra de intimidar a quem quisesse a Roma se opor.

76
No episódio da invasão da Judéia, posterior destruição de Jerusalém e do templo; Flávio Josefo nos informa que quando já se tinha como certa a tomada de Jerusalém (sitiada desde 67), os que desertavam e tentavam fugir à noite através de pontos nas muralhas; eram capturados e serviam de espetáculo de crueldade pelos romanos junto às muralhas para convencer os que estavam dentro, a se renderem. Os capturados eram surrados (chicoteados) até a morte, uns tinham as mãos decepadas e outros eram crucificados; de modo que não havia mais lugar para cruzes em volta das muralhas... Foi um fato inequívoco, que a cruz como instrumento de pena capital funcionava como símbolo a tornar visível a conseqüência de se opor à autoridade política e domínio do Império Romano.

77
A avaliação entre duas formas de execução (pena capital) imposta por Roma aos seus condenados mostra fatos interessantes. Primeiro, porque a decapitação era preferencialmente feita em Roma; como a de Paulo no ano 67... Josefo também nos informa, que dos principais líderes da rebelião judaica que motivou a destruição de Jerusalém; foram capturados João de Giscala e Simão Bar Guioras, que juntamente com setecentos prisioneiros selecionados por seus porte e beleza foram enviados a Roma como triunfo. Posteriormente em cerimônia que retratava toda a vitória sobre Jerusalém; dentre os dois líderes, Simão foi o preferido para a execução que faria parte da cerimônia, sendo ele decapitado.

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A história mostra a decapitação como algo solene para os romanos; tendo como público-alvo o doméstico. Diferentemente a crucificação tinha um componente de execração e intimidação didática àquele que pretendia se insubordinar... Se avaliarmos os custos materiais e operacionais das duas formas de execução, veremos que a decapitação é algo simples, rápido e sem maiores custos materiais e operacionais; diferentemente a crucificação demandava complexidade operacional e custos materiais; conduz concluir ser a sua escolha como forma de execução, aquela cujos objetivos de intimidação julgados importantes ali estavam presentes; que era o crime de subversão ou opor-se à autoridade política de Roma, cuja opção e uso para que assim se fizesse  levava em conta essa dificuldade operacional e os seus custos decorrentes.

79
A idéia de usar a cruz materializada (desenhada ou feita de qualquer material) como símbolo do sacrifício do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo foi e é uma heresia; não tendo base histórica da prática pela Igreja do Senhor Jesus (a anterior a Constantino) nem tampouco base teológica; e pelo contrário, ela foi e é o símbolo de retaliação do império Romano contra o crime de subversão e o símbolo da Igreja Católica romana, conforme ela sempre defendeu legitimamente a propriedade desse símbolo. Porquanto, a maneira e o, ou os, elementos para lembrar o sacrifício e morte de Jesus    conforme o ensinado e estabelecido por ele   ─,  foi é será até a sua volta, por meio dos elementos pão e o vinho a serem usados na ceia. 

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Assim como Ezequias    quase 800 anos  depois da serpente de bronze ser usada no deserto, Números 21. 6 - 9  ─, se deu conta da idolatria praticada com relação a esta  serpente de bronze (que ainda existia) e a destruiu, conforme II Reis 18. 4    Tirou os altos, quebrou as colunas, e deitou abaixo a Asera; e despedaçou a serpente de bronze que Moisés fizera (porquanto até aquele dia os filhos de Israel lhes queimava incenso), e chamou-lhe Neüstã (um pedaço de metal)... Está passando da hora em que pastores sérios devam responsavelmente analisar o que têm feito com a cruz materializada ou não, quando a respeitam, a veneram e a vinculam efetivamente à pessoa do nosso Senhor Jesus Cristo; porque a cruz foi e é uma dessas coisas culturais que tem induzido pessoas à idolatria e a zombaria do sacrifício do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, como os crucificados de todos os anos nas Filipinas e as pessoas que carregam cruzes até um determinado lugar por ter feito voto para tal. Como aconteceu desde o deserto até o reinado de Ezequias, quando os judeus adoravam de alguma forma a serpente de bronze, pelo fato dela ter representado a cura daqueles que eram mordidos por serpentes... Notem e considerem que o Senhor Jesus associou aquela serpente literalmente à sua crucificação, conforme João 3. 14    como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado... Isso infere ou demanda a mesma conclusão e tratamento dados pelo rei Ezequias à serpente de bronze, é a que também devemos dar a cruz; cujo papel e função (daquela cruz e não de nenhuma outra) foi a de tão-somente servir de instrumento para a morte de Jesus, como era comum Roma fazer com os subversivos, pois foi a partir dessa acusação que o Senhor Jesus foi indevidamente crucificado.

81
Com relação à aculturação da cruz como figura de linguagem (não materializada), nos escritos de Paulo, principalmente na carta aos Gálatas, vemos claramente que ele deve ter sido o expoente dessa aculturação    pois ele usou a crucificação (não a cruz) como uma espécie de símbolo em contraposição à circuncisão  ─, e, possivelmente foi ele quem construiu o que chamo de exegese da vida cristã (a chamada lei da cruz, escrita nos evangelhos, alguns anos depois da conversão de Paulo), que os evangelistas grafaram com essa formatação, que é o texto (assunto) intitulado nos três sinópticos, pelo tradutor de a lei da cruz (Mateus 16. 24, Marcos 8. 34 e Lucas 9. 23), que com toda certeza é uma construção anacrônica com inserção retroativa a essa fala de Jesus, porquanto o substantivo cruz até aquele momento e época (quando Jesus foi crucificado), ainda não tinha essa significação alegórica que é o que chamei acima de exegese da vida cristã. Entretanto, naquele momento antes da crucificação; essa alegoria da cruz seria a de ter uma vida criminosa e de subversão contra os poderes constituídos pela autoridade política de Roma, e se Jesus tivesse usado naquela sua fala o substantivo cruz, certamente os discípulos replicariam, como era comum eles fazerem quando não entendiam alguma coisa. Sendo, o que possivelmente Jesus dissera naquela fala sobre o segui-lo, foi: (...)  tome a cada dia o meu fardo (não cruz), que é leve e suave, como o meu jugo, isso, exatamente de acordo com o que dissera anteriormente em Mateus 11. 28-30    Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.  Não estranhe e muito menos se escandalize, eu ter dito que o Senhor Jesus não usou o substantivo cruz na fala intitulada como lei da cruz. Primeiramente porque os três sinópticos foram escritos, no mínimo há duas décadas depois da crucificação, e um dos três é atribuído a Marcos e com data mais próxima da crucificação (ser o mais antigo), como defendem, por volta do ano 50, e os de Mateus e Lucas próximos do ano 60, entretanto, eu, por meio de uma série de avaliações via Hermenêutica, no meu livro Ceia, sim! Cruz, não! e melhor detalhada ainda no estudo (Blog) O  DÍZIMO, A BÍBLIA E A ERA DA GRAÇA, endereço    www.odizimoabibliaegraca.blogspot.com , no qual mostro que o evangelho de Marcos tem data mais ou menos igual ao de Mateus e o de Lucas... Quanto ao dizer que as reproduções das falas de Jesus nos evangelhos, segundo cada evangelista, podem não corresponder    não estou dizendo que quanto à  essência da informação e sim, exatamente quanto a forma de cada um deles relatar essa essência ou assunto...

82
Para que se tenha a clara e objetiva idéia sobre a questão a de fato fala de Jesus e a sua posterior reprodução na forma de escrever (relatar) dos quatro evangelistas, que várias delas são diferentes nos quatro evangelhos    coisa normal, quando pessoas diferentes relatam o mesmo fato. No caso específico do chamado texto titulado de A Lei da Cruz (endereços acima). A sua adaptação anacrônica (retroativa), primeiro é evidente pela sua construção basicamente homogênea, que não é comum nos relatos de outras falas de Jesus. A outra questão    que é de suma importância por estar ligada ao modus operandi (a trajetória de como aconteceu) da crucificação de Jesus ─, ou seja, a metáfora lei da cruz descreve exatamente a trajetória de alguém tomar sobre si uma cruz e seguir na direção de um objetivo... Coisa essa (a trajetória), que só está presente na crucificação de Jesus e não em nenhuma outra anterior crucificação de ninguém, cuja conclusão incontestável é que nenhuma crucificação anterior a de Jesus teve os componentes didáticos de paradigma e de trajetória de vida contidos na construção exegética da chamada A Lei da Cruz, a qual denominei de Exegese da Vida Cristã, e é isto que ela é ou o que representa os três textos titulados pelo tradutor de A Lei da Cruz: um texto anacrônico com ensinamento cuidadosamente planejado para tirar a conotação ruim na associação de Jesus a cruz e ao mesmo tempo criar a alegoria didática do ministério de Jesus e o paradigma a ser perseguido pelos que o aceitarem como salvador... Absolutamente, nada de ruim contra ao anacronismo, no entanto, tudo a favor do estudo sério do texto sagrado.                    

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A fala de Jesus titulada como a Lei da Cruz, registrada em Mateus 16. 24, Marcos 8. 34 e Lucas 9. 23    Em seguida dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a cada dia a sua cruz, e siga-me. Teve    como o já explicado ─, nessa construção usando o elemento cruz, conforme, sendo repetitivo, o detalhamento no parágrafo anterior de número 82. Porquanto, antes do Senhor Jesus ser crucificado, não teria nenhum sentido Jesus a ter usado, pelo elementar fato de não haver na história o condenado carregar a cruz até o lugar da crucificação. Decididamente, não era essa a maneira ou ritual para essa execução, que só aconteceu na crucificação do Senhor Jesus, sendo este um dado histórico muito importante, que identificá-lo ajuda de maneira preponderante o estudo e entendimento bíblico.            

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O falar dessa inconseqüente controvérsia  ─ a condenação e crucificação do Senhor Jesus  ─, nos chama a atenção para um fato lamentável criado por ela, que é o anti-semitismo evangélico, que virou sinônimo exato de anti-judeu, inclusive ─ embora sem conotação de ódio, mas, uma espécie de preconceito, que de fato existe em quase 100% dos evangélicos que têm essa predisposição contra o povo judeu; quando de maneira estranha (e extremamente infantil), sem nenhuma base bíblica e histórica atribuem a eles toda uma série de coisas infundadas, como a culpa pela morte de Jesus, plantada pelo catolicismo, intolerância religiosa e a terem negado a Jesus como Salvador, quando esquecem  que  foram os judeus os primeiros a aceitá-lo, a igreja de Jerusalém, inicialmente foi somente composta de judeus e nas gentias eles também estavam presentes. No decorrer da história eles foram perseguidos junto com os cristãos, odiados e incompreendidos. Qual povo no mundo, que de fato tem aceitado a Jesus como Salvador? Dizer que um determinado país é cristão não tem nenhuma implicação efetiva de que o obedeçam ou que essas pessoas ditas cristã, serão salvas. Parece que a maioria de nós evangélicos tem memória curta, conhece pouco de história, estuda de forma insuficiente a Bíblia e conseqüentemente pouco entende ou absolutamente nada de concreto tem assimilado do texto sagrado.

85
Misericórdia! Como é possível que se leia todo o Antigo Testamento, que fala dos nossos primeiros pais, a trajetória inicial da humanidade, em seguida daquele caldeu a quem Deus fez promessas (Gênesis 12. 1-3); bate-se no peito e diz-se a plenos pulmões: em Jesus somos filhos dele, Abraão, usamos símbolos judaicos, tais como o Menorah, a bandeira de Israel, mas não consideramos com respeito e amor, que todos os que saíram dos “lombos” dele; como Ismael, também uma descendência semita; Isaque, Esaú, de igual modo semita, e Jacó de quem descende as doze tribos, os Juízes, os reis, os profetas, Jesus, que segundo a carne é a consolidação da dinastia de Davi, os discípulos e os primeiros cristãos que eram todos judeus... Porque meus irmãos esse sentimento ruim para com esse povo, no qual, nós, toda a humanidade, somos abençoados? Realmente, parece que não entendemos nada, absolutamente nada de Bíblia... Pois no Antigo Testamento, o povo judeu é formado e tomado por Deus como Nação Sacerdotal, e o Senhor Jesus fez questão de afirmar a importância deles, quando da sua fala com  a mulher samaritana, possivelmente de origem de uma miscigenação judaica, conforme João 4. 22 ─ Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos; porque a salvação vem dos judeus. Concluindo essa pequena consideração sobre anti-semitismo ─ que entendo é muito importante que aqui esteja; reproduzirei dois versículos de uma carta de Paulo, na qual, junto a essa importância e devido respeito a esse povo, também aparece uma profecia quanto ao lado bom e de maneira muito grave o penoso da vida deles, quando algumas profecias bíblicas se cumprem neles; o preço que eles pagam por serem Nação Sacerdotal, conforme Romanos 2. 9-10 ─  tribulação e angustia sobre a alma de todo homem que pratica o mal, primeiramente do judeu, e também do grego; glória, porém, e honra e paz a todo aquele que pratica o bem, primeiramente ao judeu e também ao grego. Sendo o contemporâneo a essa carta (ano 57) e todos os escritos do Novo Testamento, a convivência com a ainda importância dos gregos e a sua cultura, na época é da hegemonia política de Roma; aparece sistematicamente naqueles escritos o cidadão e/ou a nação grega como alegoria de todos os outros povos (os gentios), isso quer dizer que quando se lê “grego”, entendam todos os outros povos... Farei futuramente em outro estudo um pequeno comentário com o subtítulo O Valor dos Fariseus, o como nada temos entendido também com relação aos fariseus, e como temos nutrido contra eles sentimentos e atitudes indevidas à luz do que o texto sagrado nos ensina sobre grande parte daqueles homens.                                     

86
Nestas considerações sobre o sofrimento do Senhor Jesus na cruz e também a rápida consideração sobre o anti-semitismo de muitos de nós evangélicos, evidencia-se o nosso despreparo quanto ao trato com as diversas nuances culturais, que acabam interferindo e até mudando conceitos genuinamente bíblicos ou solidificando erros que deveriam ser estudados, debatidos, avaliados e abandonados, que se assim não tem acontecido, é exatamente pelo fato de ter-se regras erradas de sistematização e valorização exacerbada da evolução cultural ─ estou sendo redundante e repetitivo, intencionalmente, por causa da constante ingerência e até mudança do que é genuinamente bíblico.

87
Vou parar por aqui, e quanto à crucificação de Jesus; a cruz, como instrumento de pena capital, o seu uso indevido como símbolo cristão, As Cruzadas ─ termo oriundo da força dada a ela como símbolo ─, a sua identificação maior, que é o sinal que identifica a maior hegemonia mundial profetizada no livro do Apocalipse (o sinal da besta); quando explico com detalhes tudo isto no livro que quero editar: O QUE PRECISAMOS SABER PARA COMEÇAR ENTENDER ESCATOLOGIA, no qual, precisamente na resposta de número treze detalho tudo sobre a cruz... Ver um pouco sobre este livro no Blog: IGREJA MIL MEMBROS OU O EVANGELHO HORIZONTAL, endereço  www.igrejamilmembros.blogspot.com .

            

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ESTATUTO DA HOMOSSEXUALIDADE OU ESBOÇO DE                 SUGESTÃO À FEITURA DE LEI SOBRE O ASSUNTO
A DOUTRINA DAS IDÉIAS E/OU A IDÉIA QUE SE TEM DAS PALAVRAS ─ MEU OITAVO SOBRE HOMOSSEXUALIDADE
A LEI SECA E SUAS CONTROVÉRSIAS DITAS LEGAIS, E PAI OU MÃE SÃO LEGALMENTE SOMENTE UM         www.leialcoolemiaseca.blogspot.com

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                                                  FINAL I
Esse é o meu décimo quarto Blog, conforme expliquei no início nas Considerações Iniciais, de uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Sendo o seguinte a ser postado (o décimo quinto), cujo Tema ainda não defini, se sobre a TRINDADE    entendida e estudada no decorrer da história como tri-unidade ─, o ESPIRITISMO ou pode até se fazer necessário abordar outro Tema antes desses (como é o caso deste décimo quarto). Com relação aos meus Blogs já existentes e os futuros quando forem postados. A maneira mais fácil de acessá-los é a de estando você em qualquer um deles; com um clique no link perfil geral do autor  (abaixo do meu retrato), a lista de todos os Blogs aparecerá, bastado para acessar cada um clicar no título correspondente. 

FINAL II
Quanto ao conteúdo do Blog anterior, deste e dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos mesmos; peço-lhe, usando a mesma força de expressão usada nos Blogs anteriores:  Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado  não tão-somente em função do direito autoral, mas, para que, por meio da sua citação, o anterior, este, e os futuros sejam divulgados por seu intermédio de maneira justa e de acordo com a lei. 

                    Jorge Vidal  Escritor autodidata        
                                    

                                                    Email  egrojladiv@yahoo.com.br